LUA CHEIA DOS VAMPIROS
Rosani Abou Adal
Sou o sol que nasce nas montanhas,
a neblina das cordilheiras
Sou o vento que limpa os campos.
Dos vampiros, a lua cheia.
Vou te atacar com meus dentes
e tu provarás o néctar
venenoso-transcendental
que carrego comigo.
E arderás em febre
e serei a febre
que te matará.
Fome
Rosani Abou Adal
Um homem caminha pelas ruas,
passos trêmulos.
Gritava:
Fome, fome.
Estou com fome.
Ninguém lhe dava ouvidos.
Fome, fome.
Estou com fome.
Alguém se aliou ao lamento
daquele pobre homem.
Fome, fome.
Estamos com fome.
E os dois
continuaram a caminhada.
(De Corpo e Verde, 1992, Edição do Autor.)
Luna Piena Dei Vampiri
Tradução de Renzo Mazzone
Sono il sole che nasce sopra i monti,
la nebbiolina delle cordigliere.
Sono il vento che ripulisce i campi.
Sono la luna piena dei vampiri
ed io ti aggredirò
con i miei morsi
e tu saprai il nettare-veleno
transcendentale
che io racchiudo.
E arderai di febbre
e sarò io la febbre che ti uccide.
(de Spiragli, Revista trimestrale di arte letteratura e scienze, Ano XX, I-V, 2008, Itália.
Fame
Tradução de Renzo Mazzone
Un uomo camminava per la strada,
i passi incerti.
fame fame
ho tanta fame.
Nessuno
gli dava ascolto. E lui: ho fame, fame.
Ho fame, fame.
Poi ci fu qualcuno
che gli si mise accanto
e disse: fame
abbiamo fame.
E così in due
continuarono per la stessa strada.
(de Spiragli, Revista trimestrale di arte letteratura e scienze, pág. 32, Ano XIX, IV, 2007, Itália.